Um dos maiores desafios da indústria atualmente é trabalhar e desenvolver o máximo de soluções possíveis com energia limpa e a indústria automobilística não deixou por menos. Já temos algumas opções de carros híbridos no mercado. Eis que desde o lançamento da primeira versão do Fusion Hybrid que eu estive presente, fiquei com a pulguinha atrás da orelha – Qual a autonomia máxima do carro? Seria tão mais econômico assim?
Em dezembro de 2016 fiz pela primeira vez a rota São Paulo – RS (Tramandaí para ser mais preciso) de carro Em Junho, fiz o trecho de novo para conhecer a fundo a Serra Gaucha. Estava a bordo de um Fox 1.6 com 6a marcha e na média da viagem fizemos quase 18km/L.
Desde então, me pergunto “e se fosse um Fusion Hybrid ? Faria com um tanque? Qual seria a média de consumo? “
Após outra ida de carro para Porto Alegre e várias conversas com a Ford, finalmente conseguimos casar agendas para o Natal de 2017. Eu tinha a minha disposição um Fusion Hybrid 2017 para realizar o percurso. A hora da verdade chegou.
Os preparativos
Uma viagem de 1150 km requer alguns planejamentos, ainda mais quando se vai acompanhado de namorada, enteada e cachorra. Dessa forma, tomei algumas decisões que considerei a premissa do teste:
– Dirigiria o máximo de tempo possível no limite da rodovia (sei que se rodasse em velocidade menor a autonomia cresceria, mas eu não tinha tempo para dormir no meio do caminho caso fosse necessário.
– Não arriscaria ficar sem combustível. 100km de autonomia no computador de bordo seria meu limite. Considerando que ao chegar no RS, a Freeway tem um bom trecho sem postos de gasolina.
– O carro seria carregado com a bagagem que fosse necessária, o que certamente diminuiu bastante a autonomia.
– Usaria todos os recursos tecnológicos e de segurança na viagem.
– O meu respeito à estrada seria predominante ao teste. Segurança em primeiro lugar.
Decidido isso, a Ford me disponibilizou o Fusion Hybrid com tanque cheio no dia anterior e eu sai para conhecer/relembrar do carro e me familiarizar com os recursos do carro e encher o tanque novamente. Após 40km, precisei colocar menos de 2 litros (o prenuncio era bom).
A Viagem
Saímos exatamente às 5:50 de casa, com nosso amigo Waze apontando que levaríamos 12:30 até o destino final. 1126km seguindo por Rod. Raposo Tavares – Rodoanel – Regis Bittencourt – BR 101 – Freeway .
Éramos 4 passageiros (considerando a Bela, nossa Scottish Terrier que foi devidamente afivelada ao cinto de segurança canino) e levávamos obviamente bagagem para os 4. Eis aqui o meu primeiro vacilo. Parte do porta malas é ocupado pela bateria retroalimentada pelas ações mecânicas do carro e eu tive de distribuir travesseiros e algumas sacolas atrás do banco do motorista. Cobertores, que iriam no porta malas, voltaram a ser cobertores nos momentos de sono das meninas na viagem.
O carro é sem dúvida alguma muito mais confortável que o Fox que costumamos viajar e os recursos tecnológicos facilitam bastante no conforto da viagem. Controle de tração (pegamos muita chuva na volta), sensor de faixas de rodagem e principalmente o piloto automático com controle de distância com o carro da frente, além de permitir alguns momentos de descanso para o pé direito (o esquerdo já estava “de férias” pelo cambio automático), garantiam o constante armazenamento de energia na bateria do carro ( a frenagem é a outra forma re-armazenar energia).
Paradas
Nos programamos para fazer ao menos 5 paradas nesse percurso e os abastecimentos que, de certa forma, nos “obrigam” a parar e não teríamos essa necessidade, porém esticar o corpo é preciso. Fizemos uma primeira parada com 1:30 de viagem no Posto Graal (Fica aqui a dica – Eles tem Espaço Pet na maioria das lojas) e após o combo banheiro, alogamento e café seguimos até uns 50km depois de Curitiba e conseguimos escapar do trânsito do meio dia no anel viário. A duplicação da Serra do Cafezal colaborou muito nesse trecho longo, pois esse trecho desgastava muito quando não era duplicado. Atenção que a velocidade máxima nesse trecho não mudou e continua a 60km/h.
Mas e aí? Conseguiu ou não?
Chegamos ao meu segundo vacilo.
Ao pesquisar a capacidade do tanque na internet, não me atentei que a capacidade da versão flex é diferente da versão híbrida. Ao invés de 62L, eu tinha “apenas” 53L.
Cheguei (dentro daquela minha regra inicial de não correr riscos) à soma de 778,1 percorridos + 79km de autonomia chegando a 857,1 Km com um tanque. Uma média de 16,5 km/L.
Se eu tivesse os mesmos 62L da versão flex, provavelmente teria feito mais do que os 1023km projetados (62L X 16,5km/L), pois teria utilizado mais os recursos do carro para gerar economia de combustível e quem sabe teria conseguido chegar com apenas um tanque.
O grande fato é que a viagem foi bastante agradável e confortável, com nenhum intercorrência negativa (infelizmente na volta vi muitos, mas muitos acidentes mesmo) e o carro foi um grande companheiro. Não consegui igualar a média do Fox com gasolina e cambio mecânico de 6 velocidades, mas não temos como comparar um motor 2.0 e a diferença de peso dos dois carros.
Que venha um novo teste no carnaval de 2018.
[…] fui de SP à Porto Alegre com o Ford Fusion Hybrid, pude constatar o máximo possível de tecnologia para uma viagem de carro. Além de piloto […]
[…] fui de SP à Porto Alegre com o Ford Fusion Hybrid, pude constatar o máximo possível de tecnologia para uma viagem de carro. Além de piloto […]